Sensações em verde amarelo...
Acordei. E dessa vez não era um sonho. Já tinham mais de 10 horas de vôo e me preparava para descer em Brasília .
Ainda tinha mais 3 horas de vôo. É que moro em um lugar que é maldade falar, mas é mesmo onde judas perdeu as botas duas vezes...
Eu estava trocando de aeronave, por uma companhia Brasileira a TAM. Colocara-me na classe executiva, pois disse que meus pés estavam como de elefantíase, e como estava falando meio diferente, a aeromoça gatinha me mandou para lá...
No aeroporto de Brasília, quanta beleza. Os casacos foram trocados pelos vestidinhos curtos, os cabelos bem cuidados e aqueles shortinhos que só as brazucas usam.
Foi a primeira visão boa, e depois teve a aeromoça linda.. Ai, mas não estou aqui para falar dela.
Eu já falei para vocês que tenho total preferência por Lez femininas?
Pois é, nada contra qualquer tipo de mulher, mas um cabelo solto, um olhar feminino e uma roupa justinha me deixa louca.
Voltemos ao vôo, a aeromoça gatinha, e a chegada a minha cidade...
A família disse que eu estou tão mulher... não sabem foram as mulheres que me fizeram MAIS MULHER.
Sentei no carro, tirei minha blusa maior e fiquei só de TOP. Que calor!!!
Parecia que não tinha vivido 23 anos aqui.
Sol, ah, sol... Eu senti dor nos olhos de ver aquele sol tão forte, mas, logo foi amenizado quando cheguei na praia e olhei aquelas marquinhas de biquini, os sorrisos soltos, a música que só serve para dançar roçado.
Que delícia! Melhor que o chocolate que comi esse tempo todo nas tardes frias, porém nem tanto quanto a minha Jenny (tenho de fazer média, né?rsrs).
O encontro com os amigos foi regado a álcool. Eu abastecia meu fiél amigo GOL 1.6, e colocava em mim também. A dupla inseparável me deixou em lugares que chegaram ainda mais próximo de um passado constante, Tina!
Eu tenho de fazer uma pausa, isso merece mais um sub-título...
A grande hora...
Essa sensação foi a maior e mais confusa.
Foi num bar, olhei ela pela primeira vez. Estava tão nervosa que não conseguia falar direito. Pedi um abraço, e outro.
Falamos e ela estava tão fria. Pedia que eu falásse, sorria sem nenhuma vontade, e em seguida começou a retirar sua mão de perto da minha.
Que dor!!! Fomos até o ponto de ônibus, e ao final ela olhou próximo a mim, e disse que não queria ficar com meu cheiro, e que era para eu não tocar ela, não abraçar, não pegar no cabelo.
Mas mesmo assim eu quis tocar o cabelo dela, quanta saudade deles!!
No caminho de volta para casa, ela me ligou e pediu desculpas por ter sido tão fria...
Fui para casa. Achei melhor não pensar nela. Assisti as merdas que alienam os brasileiros. BBB, Mutantes (a novela que já tem 3 anos..rrs), aquela das ìndias... Não quero parecer chata, mas meninas, o que é isso na TV Brasileira?
Deitei em casa. Um número me enchia a paciência, e no fundo eu pensava que era ela. Mas não era, era uma mulher que nem sei quem era, perguntando onde eu estava morando... Desliga o telefone Bette!
Pela manhã fui acodida por mais um toque estridente do aparelhinho. Era ela! Ela me ligou, e eu disse nervosa que estava sem carro, mas podia ir onde ela tivésse.
Fomos conversando no caminho do ex-trabalho dela. Ficamos lá até resolver algumas coisas, e depois, ela sugeriu: vamos a minha casa.
Meu deuzu.. Casa dela? O que ela quer de mim? Não sou santa, mas ir a casa dela é tortura.
Mas, fomos. Sentei na cama dela. Quanta saudade do lugar mais calmo do mundo. Eu queria pedir o colo dela, mas estávamos só de passagem para almoçar, e logo ela teria de trabalhar.
Ela foi tomar banho. Trocou-se na minha frente, e eu virei o rosto. Não queria ver ela. Acho que foi provocão demais... Eu que me segure, que morra por dentro. Acho mesmo que foi um teste.
E sabem que nunca fui boa de teste. Por isso, cheguei perto dela. Já íamos embora, e lá pedi um abraço e tentei beijá-la.
Tina e Bette... Mas, agora não era mais Tina e Bette, e sim, estranhas...
Sem beijos. Ela me negou com um empurrão. Isso doeu tanto. Fomos no caminho lado a lado, e nisso comecei a chorar.
Choro - uma sensação constante agora, e muito escondida nos meus 15 meses fora do Brasil.
Coração acelerado, suor, falta de fôlego... quanta sensação junta!
Chorei na frente dela, e ela pediu desculpas.
Pedi para nunca mais ver ela, era demais para mim.
Em casa, eu corri para o computador, eu tenho alguém que me dá uma sensação também estranha do outro lado da tela. É Jenny. Eu estou fazendo de tudo para resolver meu passado e ficar com ela.
Dessa vez quero voltar e encontrar a casa no lugar, as minhas roupas na gaveta e o sentimento.
Quanta saudade dela, quanto passado e desejo, quanta sensação.
Eu agora sinto calo nos dedos, fome, calor, saudade, medo...
até a próxima... amanhã tem mais...já se foram 7 dias de sensações em verde-amarelo...
3 comentários:
o bom do passado eh qdo a gente consegue enterrar.
espero q seu vc jah tenha percebido q jah tah enterrado e tam ateh grama alta em cima.
sabes o q penso.
qdo a gente ama, cuida.
por mais que os erros sejam grandes
qdo se vissem o amor iaq retornanr.
se ela te tratou assim depois de ter ver chorar.
a jenny eh qm vc deve fikar.
uau rimou. han han?
beijos .
M.
Nossa. só falo uma coisa
fika com a jenny.
Oi, obrigada pelos comentários meninas, e em especial de Tina (vc tem toda razão).
Beijo a todas,
Bette!
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