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sábado, 21 de fevereiro de 2009

IDENTIDADE.

A primeira identidade:

Uma mulher que acordou, falou com o computador, sentiu saudade, riu, quase gozou consigo mesma. Pulou de alegria num aniversário de uma amiga. Por alguns intantes esqueceu que tinha tanto tempo distante das pessoas, e cantou com elas músicas antigas, como se nada tivésse parado a convivência - Nesse momento, eu lembro que olhei-a no reflexo da mesa e ela era feliz...

A segunda...

O carnaval lá fora, a feijoada e camarão, que mesmo sem combinar, eu comia os dois pratos desenfreada - Nesse momento eu me vejo impulsiva e dúbia.

A terceira...
Fui para casa, um banho rápido. Me lembro que estava brincalhona - eu parecia uma criança.

" Papapará..paparará...tará.. Olha a cabeleira do Zezé será que ele é, será que ele é"...

A quarta..
Entrei novamente no carro, e na espera do momento família, olhava para o celular, e tinha vontade de ligar... Mas, não podia ligar para ninguém; uma estava longe, e a outra acompanhada.. Fiquei duplamente deprê - E nesse momento me senti triste e sozinha...

"Ou jardineira porque está tão triste, mas que foi que te aconteceu"...

A quinta..
Cheguei ao cinema. Assisti "Se eu fosse você". Ri muito e por alguns instantes, esqueci de quem eu era e meus sentimentos lá fora - Me sintia uma mulher livre.

A sexta..
Foi então que saí do cinema. Passos demorados, estava encantada com os sorrisos de minha velha. Fazia tempo que eu não me sentia filha dela e a via sorrir - Nesse momento, eu me senti acolhida e gostei de ficar frágil escorada nos ombros dela.

A sétima..
Mas... depois de ficar feliz, triste, emotiva, frágil... Eu vejo uma identidade esquecida, como aquela foto que eu guardava na parede e foi para a gaveta.

Nessa foto e nesse passado, eu namorava um cara, achava que ia casar com ele. Nunca tinha pensado em mulheres. Era uma pessoa feliz, e sem tantas confusões mentais...

Mas, um certo dia, eu me senti a mulher mais traída do mundo, ele me traia por 2 anos com ela.

A oitava..
E de um sábado para domingo, aquela Bette forte e sociável, perdeu seu rumo, conheci corpos de homens que me fizeram sentir vazia. E quando menos esperei, uma amiga me deu o remédio para a carência e falta de rumo...

A nona.. Já quase sem Identidade:
Quem sou eu mesmo? O que eu quero? O que eu queria no fundo da gaveta?

A décima..
Senti uma certa inveja daquela mulher que podia ser eu, levando uma vida normal. Ela talvez não conheceu o que eu conheci.

Não lamento por ter conhecido o mundo LEZ, perdi muito do meu preconceito, compreendi novas verdades.

Mas, talvez as primeiras civilizações ficaram na caverna pois sabiam que tinha algo a mais lá fora, e nisso, de certa forma, quando um ousou sair, houve medo do Novo. E aquele tal ser desbravador, viu que tinha sido expulso do seu antigo mundo, e que era feliz lá nele. E quando tentou viver nesse novo meio, viu que tinha nascido quase cego.. e questão de horas, foi mordido por animais, passou fome e frio, e assistiu sua morte lenta, arrependido de ter vivido num mundo que não era dele - Ele não estava preparado.

Durante um processo de evolução, aqueles novos moradores da luz, começaram a criar sua própria resistência. São as Lez que já nasceram Lez, ou aquelas que tinham dentro de si algo já na sua escrita, que não causava dor nem repulsa de ter trocado a luz pela falta de luz.

Eu nasci na escuridão, e não sei ver direito nesse clarão inteiro.

A minha identidade quer ser reencontrada e reestabelecida. Esse tempo de 2005 até agora, eu vivi no outro lado da caverna, no clarão, e quando sinto frio e insegurança, volto ao escuro.

E diz o ditado: uma mente que se abre a uma nova idéia nunca mais voltará ao seu tamanho original

Se eu quiser voltar a caverna, reencontrar minha identidade, não irei de esquecer tudo que aprendi, o respeito que tenho pelo clarão de uma sociedade que devia viver na luz.. mas, aqueles que não sabem viver aqui, tem de recuar e ser claros consigo mesmos e dizer: Eu tentei. Não me critiquem!

E, ENFIM, O REGISTRO...

Minha identidade já possui uma segunda via, eu não tenho mais como tirar outra. E a data que teve sua expedição, é justamente um mês antes de eu encontrar o meu primeiro amor LEZ.


Desculpem por qualquer coisa. Preciso de PAZ e um pouco de escuridão.
Eu só sei mostrar CARVÃO nesse mundo!

Bette.

3 comentários:

Naná disse...

Bette minha querida,

Entendo esse seu sentimento, ontem mesmo qdo voltava de viagem pensava nisso. Nessa minha saída para luz. Ainda me vejo confusa com essa claridade toda... sim encontrei alguem e quero viver esse sentimento. Mas ainda assim estou perdida, n quero voltar a escuridão...
bom, vá atrás do que te faz feliz.

Bjs Naná = )

Anônimo disse...

*_*
Passahdah com a rasgação de seda!

Unknown disse...

"vem a mim doce amor, ajuda-me a mudar esse destino..."