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domingo, 22 de fevereiro de 2009

O MOSQUITO DO DENGO...

Aqui no Brasil não peguei nada, nem gripe, bem boca, nem femeas (nossa que ativex)... Mas, o dengo finalizou minha viagem com chave de ouro.

Tudo aconteceu devagar, os sintomas começaram com uma falta de vontade de sair, uma certa depressão pós-parto (quis dizer, partida..rs).

Fui vencendo a saudade do que ficou, tentei lidar com a nova conjuntura em que encontrei a minha ex. Mas, sentia-me cada vez mais débil, febril, cansada, e frágil..

Percebi que ao sair, me sentia mais forte e esquecia mais facilmente meus pensamentos e as dores no corpo...

Certo dia fui ver também que meus amigos, conhecidos, e todo o bairro saia de casa e também sentia uma certa febre que os abala quando se encontram com seus pensamentos a sós.

Eu sabia que havia alguma coisa dentro da casa deles, e aqui na minha. Mas, só sentia quando o eco do silêncio me tocava, nas vozes do tic-tac da madrugada. Não estava a salva depois que toda companhia era desfeita, os beijos não dados, e as conclusões do dia, que se misturavam comigo e meu passado.

Zunnn.. Zun..Zun. Ouvi algo diferente. Era algo que se reproduzia facilmente, agora entre as larvas da saudade, medo e solidão, o mosquito do dengo se reprozia aqui em casa, no copo do chop, na chícara do café. E, o seu crescimento confundia-se com o acelerar de meu coração.

Compreendi por que as pessoas não queriam ficar em casa, ele estava lá se reproduzindo facilmente, suas lágrimas causavam água parada...

Peguei o dengo, e como efeito, tive choros constantes, febre de saudade, confusão mental, vômitos de arrependimentos e ao final, tive de ligar o soro na rede virtual, para encontrar ela: a cura.

Bette.
em delírios..

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