Acredito que já passei pelo meu inferno astral, mas urucubacas continuam acontecendo.
Empreguinho marron, quedas de vez ou outra na rua, uma dor filha da ppp na lombar me faz até achar que o disco que tocou essa semana para Rita Lee, a mais famosa hérnia de disco da grande rainha do cabelo vermelho brasileira, também vai chatear a Bette aqui, uma simples mortal professora de salto alto para mulheres.
Mas, o que mais perturba a beleza de uma pele com eternas olheiras nos olhos é não dormir uma noite. Não há base que ajude, minhas amigas. O sol parece doer a ponto de cegar.
Tenho pesadelos constantes, acho que estou virando serial killer a noite. Já matei meus ex-namorados, minha sindica, minhas ex-companheiras de bola e chopp.
O último pesadelo foi dormir com a imagem de Ivetinha grávida. Não que não pretenta a maternidade em breves 69 meses, mas, tudo ajudou a ter lembranças que nem imaginei mais ter.
A Mara se despedindo de mim com uma forma perfeita de mulher-mãe, que me tirou a última oportunidade de beijar ela. Não sei se já tivéram na indelicada situação de sua atual-ex namorada descobrir que estava grávida, e você com aquela natureza crescendo, tem que naturalmente se afastar dela por que perdeu para um homem o dom da criação...
Pesadelos se resumem talvez em últimas imagens, rever aquela ex de amor e ódio no jantar, faz a idéia de que a próxima a perder tudo será você, e o "Shot" quem vai dar não é ela.
São centenas de minutos no escuro, ouvindo um leve suspirar do lado da cama, depois do sexo cada dia melhor, numa fase em que não sei quem sou acordada, mas tenho medo de mim quando a voz ao lado se calar e vem a dormir.
As músicas acompanham a tentativa de sonho, com análises imperfeitas e certeza de que eu só preciso dormir e não ter mais memórias da meia-noite...
Desligo a tv, o dvd, ouço o som da voz que me pede novamente sexo...
"preciso não dormir, até se consumar, o tempo da gente... Depois te encontro num tempo da delicadeza"...
Bette.
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