Era mais da meia-noite de sábado para domingo. Eu estava com minha namorada. A namorada...
Curti um pouco de tudo. 12 tulipas de cerveja e eu estava completamente passada. Meio entre o consciente e o meu mundo paralelo. Queria mesmo me passar, explodir... Cansei do sociável, quem quiser me encontrar que me encontre agora, ou na cama de um hospital..rs.
Sei o número de copos, é claro, pela conta que apareceu na minha bolsa- outra coisa exagerada- 30 euros- quase 90 reais...
Juntamente com a conta...veio algo mais agradável.. o número de telefone que caiu do meu bolso e minha namorada segurou na minha frente pela manhã.
Lembro-me de muita coisa da noite passada, e só assim que posso contar...
Lembro que a noite era para ser uma noite normal, fiél, fria...
Também lembro daquela mulher na minha frente paralisada ao me ver cantar o Hino Nacional com tanto amor...Exageradamente Ufanista e saudosa...
Em terras portuguesas, lugar onde Bette vive quase dois anos. A terra gira tão rapidamente, parece um vulcão, viramos ufanistas, tudo que pulsa verde-amarelo é intenso. A blusa dela era preta, talvez para combinar com as estrelas de ordem e progresso..
Ôh gente..que ordem, que progresso?
Exageradamente inverso...
Eu estava em desordem mental... em atraso na minha luta para ser fiél...
DESORDEM..?
Um trago passivo com a roda de amigos. O bar não era gay, mas diante de tantos ali, eu embreagada pedia pelo beijo da namorada. Dei dedo para o sociável, que vá tomar naquele lugar, preciso beijar quem eu namoro...
Beijei-a. Mesmo com o relutar dela.
E o meu relutar em alguns instantes era outro. Estava perdida por uma mulher com um sotaque intensamente português...
Um exagero de português...preferia que fosse uma sulista com nordestina...quanto exagero a língua dela, e ao mesmo tempo parecia lindo..
A roda começou a aumentar, eu devia ter ficado mais bêbada algures... A namorada saiu de perto, preferiu me criticar de fora. Porque de fora, todos nós lá parecemos loucos...
Era o final, final.. e eu tinha que saber de onde ela tinha vindo.
Entrei com autoridade naquela roda luso-brasileira. Só tinha alguns minutos antes que o bar fechasse. Cada um puxava uma música. E eu comecei: Exagerado, jogada aos teus pés... e no hino a la cazuza, olhei para ela.
Fiquei nesse instante mais ambreagada. Ela parecia com minha primeira mulher, olhar, boca, meiguisse... estanquei...
Minha voz parou, calou, correu... mudei de tom. Ela estava ali. Gente, quanta bebida na cabeça. E a minha primeira mulher parecia ter voltado...Só depois de alguns segundos percebi que ela era melhor..muito mais... um exagero de mulher...
Louca..paixão cruel desinfreada...
Em vez de largar tudo. Só desviei meu pescoço e pedi o número dela. Quase largo minha namorada. Era mais forte que eu.
Ela paralisou comigo. a PAIXÃO tinha me tocado por inteiro.
Lembrei de tudo isso quando cheguei em casa, e vi o papel no chão, a briga da namorada, as minhas explicações...
O dia depois que acordei parecia ter sido imperfeito. Fui parar no hospital minha gente!!! Bette sendo arrastada por aqueles bombeiros...Devia ser a minha alma pedindo pela parte que enfim tinha encontrado.
...mas,...
A meia-noite de domingo para segunda, um recado no meu computador me diz: Você não me ligou, me add...EXAGERADA!!!
BETTE... EM ESTADO DE MUDANÇA..FECHADO PARA ABERTO!
6 comentários:
abandoram isso aqui..nossa, parece que só tem fantasma.. Bette, cada a exagerada?
só tu mesmo..
E pensar que me preocupei à toa...
E o resto da trama?
Alice, foi sério o que aconteceu, eu que não gosto de dramas. Mas, tou vivendo numa fase que limita-se enfatizar as coisas ruins..
O lado bom da coisa, será em breve o final da história.
att.. Bette
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