Primeiramente terei de ir a contagem:
Dia 18 de setembro o grande pé na bunda. Dia 25 completaríamos mais um mês, quase 1 ano e 10 meses de amor, brigas, reencontros, felicidade e dúvidas... Duas mulheres.. Dois caminhos opostos...uma só dor.
Chegou ao fim, foi o que eu ouvi pelo msn. Havia quase um mês que tinha voltado ao namoro com Tina.
Tudo continuava na mesma, não estávamos juntas fisicamente depois dessa decisão, não juramos fidelidade, nem conseguimos nos beijar loucamente como sempre fazíamos depois que voltávamos... Era um namoro que para muitas pessoas não era um namoro, mas para mim, essa palavra justificava minha esperança em lutar, em criar condições de seguir em busca dela.
Mas, era isso que ela não queria mais, namorar para ela era só uma palavra sem significado. E a distância foi justificada como a causa disso, assim como minhas escolhas e desejos.
A esperança acabou, sei que é a última vez. Certamente por que serei orgulhosa, certamente por que resolvi viver outros caminhos, certamente por que ela logo encontrará alguém mais fácil que eu.
Depois que acabei de falar com ela, mandei o último e-mail, jurei que se ela fosse a última água para eu tomar, que morreria seca... tirei do orkut, do msn. Mas, ela continuava na minha cabeça...
Ninguém morre assim de um dia para o outro. Mas, da forma que ouvi as palavras tão frias dela, deu-me vontade de ver ela sofrendo como eu sofria naquele momento. Ninguém deveria morrer porque queria, mas ela fez isso.
Foi depois dos segundos de raiva e choro, que eu resolvi enterrar meus sentimentos de uma forma mais interessante. Uhlalá!!!
Algumas pessoas dizem que é fuga, mas no meu caso, eu quis enterrar meu sentimentos por ela em um ritual nada fúnebre, como deveria ser todo final com pé na bunda.
Nesses dias aprendi uma frase: nunca se entristeça, até pé na bunda nos leva para frente...
Pois, meninas, anotem os passos que segui de um verdadeiro enterro de sentimentos a La Bette pé na bunda!
Em vez de fechar numa caixa todos os meus sentimentos, recordações e esperanças, resolvi abrir a porta de meu quarto. Em vez de mandar nota no jornal, mandei uma mensagem a garota que morava na frente de meu quarto dizendo sutilmente as palavras: "sinto muito em dizer que agora sou solteira, meu relacionamento morreu, venha celebrar comigo minha tristeza sendo convidada de honra em minha cama". Em vez das rosas amarelas e rochas, eu recebi uma flor vermelha dela (que romântico). Em vez de café, eu tomei de algo maravilhoso servido direto da fonte. Em vez de tristeza, fiquei excitada e quase gozei. Em vez de água dos olhos, minha carne estava a derramar suor de prazer. Em vez de lembrar dela, eu quis conhecer os novos pedaços do corpo desconhecido.
E então, foi assim. Sem abraços de pêsames e sim, beijos e abraços com uma mulher que queria me dar prazer.
A noite acabou. Até minhas dores nas costas tabém tinham acabado. Aquele tempo todo que passei tentando segurar minhas provocações me deixaram quase corcunda e com olheiras de “tio Chico da família Adams”.
Estava leve. Seria bom ter alguém por perto para acalmar minha solidão. Lembrei de tanta coisa, mas não dela... Lembrei sim, que eu ainda poderia ficar tímida em frente uma mulher, que eu tinha muito que aprender com seres do mesmo sexo, que o sexo é bom, mas abraçar na cama é algo simples e maravilhoso.
Sem cobranças, estamos nos encontrando nos corredores e em meu quarto, já avisei que minha chave do coração foi jogada fora, e que paixão era somente entendida como aquela atração que estávamos sentindo. Descobri o que acaba as pessoas são os contratos sentimentais.
Eu agora queria viver e viver. Conhecer outras Tinas, Shanes e Helenas.
Deixei a minha provocação me mostrar o que era bom. Ainda tenho vontade de mandar sms toda vez que vejo um casal apaixonado ou olho a foto dela. Mas, toda vez que pensar nisso, mandarei mensagens para aquelas que estão perto de mim...ui.
E, para encerrar, voltemos a contagem:
Dia 25 agora, será em comemoração do 7º dia, quem sabe eu comemore com leite condensado nos quadris de minha sunshine. Quando completar um ano, terei orgarmos múltiplos com a Angelina Jolie. E vou bebendo uma duas, três... muitas águas para não voltar a ter vontade beber dessa mulher do passado. Mas, um grande amor se vai. Melhor eles do que eu...rs.
By Bette.
Um comentário:
Que tal o ritual do pé na bunda? Algo nada fúnebre. Garanto que é mais interessante, mais fácil e excitante que o ritual de acasalamento dos Pandas Caxam..rs.
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