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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Transições

olá, como estão?! Espero que todos e todas bem! Lamentavelmente já nem sabia qual era a minha senha. Talvez, também nem soubesse o motivo pelo qual voltava a escrever. Saudades! ... Não sei! ... De quem? ... Lamento, mas com alguma maturidade...nem tenha saudades! ... Apenas olhe para o futuro e pense. Aonde estou, para aonde quero ir, quem me acompanha nos meus valores. . Tenho só saudade de mim! . Simples!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

...a última linha de um diário...

Todos os dias uma história contada na terceira pessoa... e comecei a perceber, que a vida daquela mulher que constantemente aparecia "dentro do meu espelho", parecia com um filme ou livro estúpido que só contara para mim. Em todas as páginas do meu livro pessoal, rascunhos, uma bagunça, uma certeza e a mesma protagonista, que apresentava, para além dos olhos sem brilhos, na contra-capa, uma cicatriz no meio da testa. A mesma história se repetia vezes sem conta, deitava-se com os novos corpos e após o momento de gozo, deparava-se com uma consciência da realidade e algumas conclusões. Antes, quando pensava que era para sempre, não havia a necessidade de outro corpo. Óbvio, que numa mente fiel nunca se imaginou tocar outro corpo... Mas pronto, acontece! A primeira cama é terrível, lembro-me da primeira escrita de março, uma sedação entrava em mim e logo após, uma estúpida sensação de infidelidade. Quem se aventura tentar esquecer alguém com novas carícias se dispõe ao fútil prazer da troca e fuga constante. Se há uns tempos as horas de sono de um casamento que se prolongava na sensação doce de que está tudo perfeito, dias e noites não interessavam. Para uma nova solteira, todos os momentos são decifrados pelo relógio que faz questão de pormenorizar a solidão. Uma nova realidade traduz o que a madrugada nos pode trazer, alguns litros de álcool, centenas de fotografias recortadas, um vazio digno da loucura. São novas relações temporárias, até o tempo de perceber que não estamos realmente a nos contar uma história real. Era apenas para ela achar que eu tinha superado, escrito uma página fantástica. Com o passar das folhas, encontravam-se novos capítulos, da alegria tola à insensível escrita e comportamento face aos novos "alguéns". E todos os possíveis amores nem ousaram entrar, não passaram do "amo" de fora para dentro. O coração já não conseguia mais acreditar em palavras bonitas e rimas. O romantismo sumia páginas após página... e qualquer leitor compreenderia que não haveria roteiro para que desse certo. Encontrei pessoas boas, apaixonei-me, mas era mais fácil optar pela falta de vontade de estar envolvida. Medo, só o medo e as eternas comparações. Nenhuma separação é fácil, mas com o tempo aceitarmos as cicatrizes e as horas como parte de nós e do dia. E só então, podemos comprar um novo diário e escrever a última linha antes de fechar um livro de memórias, um livro que só contou que não existiu um feliz para sempre, como nas histórias infantis! Aceitei o presente, um novo livro em branco, para compor a história de quem eu vejo todos os dias antes do café-da-manhã, refletida ao espelho dos meus olhos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Como disse Chaplin: Não preciso me drogar para ser um gênio...

‎ "[..] Então comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama amor-próprio. Desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantém no presente, que é onde a vida começa." Charles Chaplin

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A chuva...


Ontem percebi o que é a chuva! É a reunião da dor de muito tempo de toda gente que segura um choro por muitos meses. É quando o céu já não suporta carregar o riso desenhado nas faces de quem tem saudade. É um dia em que o tempo que mente que cura faz o favor de nos mostrar o quão hipócrita somos de nos fazer de esquecidos. E quando a chuva cai... Lembramos dos beijos e calor dela. Sentimos falta dos pés que nos aqueceram. É permitir por algumas horas lembrar de um passado só saudoso pra ti. E quando a chuva acaba, a mesma que não criou saudade nela, que foi dona de lhe aquecer os pés com outra, que lhe cobriu o corpo com o conforto de um abraço melhor, sentimos-nos mais bobos, mais tristes de saber que amanhã ou depois haverá de chover na nossa face, desbotada com a lembrança da falta dela.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Tentativas

Tentativas (1, Assina - Tristão de Andrade.); Eu julgava que depois daquele jantar as coisas tivessem mudado, que tudo começasse a ser diferente e que tu me olhasses com outro cuidado. Escolhi a ementa com muito amor, fiz-te beber de mim e sentei-te à minha mesa. Queria tanto um fim cinematográfico mas equivoquei-me. Rejeitaste as minhas ofertas, os meus sabores e partiste sem dizer nada. E eu? Eu fiquei sozinho sentado naquela mesa onde estava a tristeza derramada em cima de uma toalha manchada. Tentativas (2, assina Bette); Anos dormindo em cima de toalhas manchadas, solidão é parceira de quem um dia amou tanto alguém e nem um adeus quis dizer. Em vez disso, disse que morrera enquanto estava comigo, com um certo gozo tamanho da nova vida que o destino lhe escrevera. Rasgou-me como papel riscado, não se importou com o meu sofrimento, colocou-se como muito boa por ter estado ao meu lado, como se eu não tivesse lhe dado nenhuma alegria. Sr. Tristão, como te compreendo! Bette.

domingo, 8 de junho de 2014

Casas vazias..

Há quase um ano, casa vazia, o som da geladeira.. ensurdecia, barulho constante, envolvido ao, também constante, barulho dos pensamentos, memórias, lágrimas no colchão...

Perto da porta, como férias de escola e cão que reconhece os donos, esperava o som certo do motor do teu carro.

Hoje, quando entro ou ausento, não ouço mais nada....o som da tv, diz o vizinho, ainda mais alto, não percebo. Músicas gritam, eu não entendo.

Não estou surda, certamente. Apensas estática, muda, sem vontade de ouvir. Já não sinto o chão duro, sentada no tapete vermelho. Vermelho, também não chama atenção.

Mudo móveis de lugares, compro móveis..e a casa ainda está vazia. Tão vazia, como eu. Sem sentimentos, expectativas.

sábado, 17 de maio de 2014


A DOR QUE DÓI MAIS (Martha Medeiros).

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
http://pensador.uol.com.br/autor/martha_medeiros/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

De repente..um poema improvisado sobre o amor é doença..ou um fármaco temporário!

De repente, ao andar por aí, como num cair de uma escada rolante, ou num bar qualquer da praia, descobre-se: o amor..e..doente ficamos.

No primeiro instante, na primeira queda, no primeiro olhar, na primeira dança no sofá, falling in love, e aqui estamos, pro resto da vida, crónicos doentes!

De repente, a queda, caímos no agridoce fazer do amor, deixar muletas, amor e doença, completamo-nos no sexo, nas horas de viola, no doce prazer de não fazer nada e tudo ao mesmo tempo.

Na cama, não se nota a diferença, falamos a mesma língua, da química! Independente do gosto, da música. A semelhança encontra-se nos movimentos lentos, doces e dóceis.. rápidos, ácidos e pornográficos.

De repente, vem o remédio, a cura, placebo, para uma vida sem amor, menina doce e doença.

De repente, não nos damos conta, ingere 9 cápsulas, dorme em paz, suave toque de conforto. As assimetrias das articulações inflamadas perdem voz em meio ao desejo. É o amor, uma doença presente, vezes calma, outras, louca!

Num dia, ela diz - te ama, no outro, que tem que procurar outra receita. Aí, o que se faz? Aluga-se um quarto, deitamos sós, como um doente que toma o soro numa pequena maca de um hospital. Daí, o teu corpo sente falta de algo... e o outro corpo também, anémicas, e vocês se encontram novamente, como dor de cabeça e analgésico, duas fórmulas dependentes.

De repente, a doença desperta novamente, um amor ausente, quer-se mais, passado, ela te quer mais que tudo, logo depois, ela, enlouquece, sendo capaz de desta, de modo "indócil", empurrar-te na cama. E sai...

Naquela hora, o teu corpo parece um Mc massado, envolto num saco de papel, pisado, com tal fúria que desconhecemos; de quem tantas vezes deitou ao teu lado, com prazer e carinho.

De repente, ela precisa fumar um cigarro que lhe falta, droga que acalma. E o teu corpo decide apanhar sol, todo o sol que é preciso, distante, num país tropical. Os dois, corpo e doença, cegam-se, só conseguem ver paixão, e logo surge uma nova receita, saudade, corpo ausente, dependência.

Naquele dia, o amor escolhe, a doença escolhe, um novo remédio, algo mais forte e potente. As nove cápsulas, o namoro, tornam-se injeção, o compromisso.

De repente, dois anos, a doença e o amor casam-se.

No mesmo dia, a nova receita se torna cura. Saem do aeroporto, sala de formação para aplicar o novo remédio, e logo, ao espelho do retrovisor do carro azul, são vistas aos risos, gozando.

De repente, a seguir ao aeroporto, a receita de papel timbrado, a saída mais cedo para me dar a mão, consegui juntar as letras, em meio ao momento de prazer: Na saúde e na doença, vai ser pra sempre! Leu assim o coração analfabeto, dependente.

Num determinado dia, o remédio rejeita o novo paciente, cinco da manhã são todos os dias! Acordava, sem dormir, via, atrás das olheiras, o nome: rejeição!!!

De repente, a injeção não te quer mais, recusa entrar nos teus poros, dar-te prazer.

Naquele mesmo dia, um outro voo, eu não seguro mais a mão dela, ela não me toca mais, virei amiga da doença, o amor esconde-se, enlouqueço! Troco o ortopedista, das muletas, por outra especialidade, a psiquiatria.

De repente, sobe a tensão, já não é mais tesão!

No regresso, sento na grama, relva daninha, respeito toda falta de amor, faço contas, o balanço global, dou então contas à escrava enfermeira. E ela, procura, tão facilmente, uma nova paciente; Morada conhecida, olhares que já se arderam e reacenderam. Alívio ela sente, eu, dor, intenso.

De repente, experimento a fase da CortizAna. Fígado, pele, face..tudo perde o brilho. No espelho, novamente, retrato branco e preto. Na cama, vazia, pleno Natal. Último dia de sexo, sem amor, confirma ela, apesar do gozo. Recebo a dor como presente, grande, espaçoso, entra em todo o corpo, manda embora a esperança; ela não me responde mais... células morrem, sangra garganta, palpita incessantemente o coração, surpresa triste.

Novamente, o soro, entrou na veia, saiu pelos olhos. Um enfermeiro formado pergunta: quem te acompanha, digo, mentalmente; o número dela, o nome dela..mas a garganta ainda esta fechada, felizmente, ainda calada..logo depois, quando a penicilina abre a voz, silencia, mente, corpo...sonolência beneficente, não corre o risco de chamar por ela, na cama com outra, receita diz ela, a mulher que para o resto da minha vida, que faço plano, que muda, novos e velhos movimentos de amor. Palavras que matam!

De repente, decepção é tratada com paracetamol, paixão fugaz, não dura um mês, fórmula que não consigo decifrar, entristeço, tenho mais saudade do passado, sonho com ela, todos os dias, gravo minhas palavras no telefone, são tantas coisas que queria lhe dizer!

De repente, tanta dor, cura que não volta mais, desespero, junto 9 capsulas vezes 4, faço contas, 36 semanas de dor, sem ela, e em alguns segundos, pensou em desligar a alma, o coração, o corpo, a máquina.

No hoje, ve-se só novamente, superou mais algumas quedas, colocou ela mesma o joelho no lugar, tratou das feridas, do murro no estômago e na face, visitou sozinha alguns bares na praia, apanhou novamente sol...tudo agora sem ela, mas aqui dentro, velha caixa fechada, fria, que lá no íntimo esconde mistura, receita, composição de paixão, amor, saudade e dor.








domingo, 1 de dezembro de 2013

Alguns anos depois..

Percebi que o tempo passou...

Voltei ao início de mim. Procurando por Bette!

Já se passaram alguns anos. Casamentos que não resultaram. Lembranças, distâncias e os mesmos calçados jogados ao lado da cama, o tal sapato velho, o nosso lar conhecido!

Volto pra casa e só reconheço os pedaços; Dos móveis, da esperança, da felicidade, da tristeza. Com muita sorte é o mesmo colchão, a mesma geladeira, o mesmo microondas...pedaços de nós, da mobília, os móveis que acompanharam...e um resto de esperança.

O coração, cada dia mais confuso, molda-se ao novo espaço, ao novo tema, ao endereço, talvez ao novo amor, futuro.

Ontem e hoje já são passados. Se é uma nova paixão: ah, vida nova! se é uma separação com amor: é a solidão com pedaços de tudo dela. Se é separação sem amor: é quarto para arrumar!

Desta vez é a solidão constante, uma presença de pedaços dela, as fotos que não se consegue rasgar. São os pensamentos que não se consegue deixar de unir, os laços da memória são os mais presentes.

Boa noite!!
Bette.



domingo, 1 de julho de 2012

Ciúmes...

Os grandes insultos ao meio do dia não foram um terço da dor que senti quando ela disse-me que tinha saído. Foi em busca de um momento de liberdade, mais que uma recusa duma história vivida em 3 anos.

O passado recente que ela vira, era o de prisão, de dor, de mágoas, de uma pessoa doente na sua própria casa que não é um hospital. Recusou talvez o pouco ou grande amar. E, repousou a culpa de deixar a outra só, dando início a uma nova mulher. Sozinha e não minha!

O ciúme é marca que apronfunda-se dia-a-dia. Não sara, somente cicatriza e se sente apenas quando se vê. Colocar pequenas ataduras, pintar a pele para forjar uma irônica alegria, sair para o mundo e fazer o mesmo criando condições para que ela sinta o mesmo?

Não. Sujar minha pele ainda mais com o suor de outra mulher? Como meu corpo teria coragem? Como ficaria quando a maquilhagem saísse e colocasse frente ao espelho as mesmas dúvidas e saudade dela?

Perder-me num colchão, garantir que o pequeno comprimido ataca a insólita insônia, envolver num mar de tristeza até que a inconsciência ataque e faça esquecer ela, o ciúme e o outro dia sem ela...

e foi assim o domingo do ciúme...

&perdeu, a Bette..rs.